segunda-feira, 24 de maio de 2010

Local chega a atrair 1.500 pessoas

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Local chega a atrair 1.500 pessoas
DA REPORTAGEM LOCAL

Interessados na missa, nos DJs, nas bandas católicas ou em namorar, eles vêm dos quatro cantos da cidade para passar as noites de sexta na Cristoteca. São freqüentadores jovens, a maioria na faixa dos 18 aos 22 anos, e geralmente ficam sabendo da tal "balada santa" nas comunidades da Igreja Católica que freqüentam.
Muitas vezes chamam os amigos ou vizinhos, o que faz com que algumas noites cheguem a atrair até 1.500 pessoas, segundo os organizadores.
A maior parte dos que ficam dançando até as 6h participa da missa que ocorre antes. Nesse momento, muitos formam fila para tomar a hóstia distribuída pelo padre. Depois que termina o serviço religioso, a grande diversão no galpão da Casa Restaura-me, onde funciona a Cristoteca, é dançar "de passinho", ou seja, todos realizando os mesmos movimentos. Muitos também abrem rodas e os mais corajosos se arriscam a dançar no meio.
"É uma música de igreja, mas com a batida da juventude. Eu não vejo problema", diz Daniel Rodrigo Concencio, 21, referindo-se ao som do Electrocristo. Há um ano ele sai de Poá com um grupo de amigos para dançar break no local. Concencio conta que tenta chegar mais cedo para pegar a missa, mas isso nem sempre é possível. "A gente estuda à noite. Sai da escola e vem para cá."
A maioria vai também para a missa, mas alguns pulam essa parte. "O pessoal vem muito para namorar. Os voluntários ficam nas portas, controlando o movimento", conta o ex-seminarista José Mário de Freitas Medina Leal, 21. "Eu venho para cá por causa da missa." Segundo ele, ficou sabendo da Cristoteca pela comunidade da Igreja que frequenta. "Além disso, moro perto, e a festa é conhecida por aqui. Gosto da festa, mas há segmentos da igreja que criticam a Cristoteca e o Electrocristo."

Bandas
Há grupos de freqüentadores que preferem as bandas católicas que também se apresentam durante a noite no Electrocristo.
Esses ficam parados conversando longe do local onde tocam os DJ"s, aguardando. "Queremos montar um conjunto de música católico", afirma Ricardo Dizero, 31, que, como os amigos Franklin Alves, 19, Leandro Barbosa dos Santos, 25, e Ítalo Siqueira, 24, passa as noites de sexta-feira na Cristoteca há cerca de dois anos.
Eles, que se conheceram através da igreja, contam que há evangélicos que também freqüentam o local. "Há comunidades de periferia também", diz Alves. (MP)


http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq0904200616.htm

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