terça-feira, 24 de abril de 2007

MATÉRIA NO JORNAL SPTV

http://sptv.globo.com/Sptv/0,19125,VSE0-2900-20060624-173907,00.html

Reportagem


Sábado, 24 de Junho de 2006


Rave católica







Uma festa rave com muita alegria e música eletrônica! Mas nada de álcool ou drogas. A Eletrocristo, às margens da represa Guarapiranga, reuniu centenas de jovens que queriam se divertir e rezar.
Eles chegam tarde, depois das 23h, como em qualquer festa. Logo se reúnem em grupos animados, como em qualquer festa. Mas logo fica claro que esta não é uma festa qualquer.

Só depois da benção dos padres é que a diversão começa.

Sonora padre antonello cadeddu 6'43"...a vida do jovem começa às 10, 11 horas da noite e nesse perdíodo ele procura algo para se divertir.

A rave católica também tem música eletrônica e jovens que querem dançar até nascer o dia. As semelhanças com as baladas comuns param por aí.

“É uma proposta de uma balada sem álcool, sem droga, sem cigarro, sem sexo, sem violência”, diz o organizador do evento DJ Léo Guimarães.

“Aqui o pessoal vem só para se divertir porque realmente vem para evangelização, para se divertir, vem em nome de Deus”, afirma a estudante Elaine Boaventura.

“Não tem briga, às vezes você esbarra numa pessoa, pede desculpas, e está beleza”, conta Diogo Coelho, auxiliar de vendas.

Na pista, os DJs tocam versões remixadas de canções religiosas.

O público, fiel, sabe de cor todos os passos...

“Só freqüento festas católicas”, diz Natalie Dias, estudante.

“Eles ficam doidos, começam a dançar mesmo, mas o centro da dança, da festa é a presença do senhor no meio deles”, conta o padre João Henrique.

O estilo destes jovens é outro. Crucifixos e estampas de jesus cristo, por exemplo, estão em alta.

“É um terço, eu rezo este terço todos os dias e a camiseta eu uso para ir para a festa”, fala o estudante Vanderson Silva.

Já é quase uma hora da manhã e os DJs fazem uma pausa. A festa continua do lado de fora. Noutro palco, bandas católicas se revezam para tocando músicas que, normalmente, só são ouvidas dentro das igrejas.

Os baladeiros aproveitam para descansar e rezar antes de voltar para a pista.

“Você se diverte um pouco e ora um pouquinho, volta um pouquinho para dentro de você”, explica Edith Fernandes, vendedora.

E pedem a Deus força para seguir em frente. Afinal de contas, até o amanhecer ainda tem muito tempo.

A próxima rave católica ainda não tem data marcada. Mas toda sexta-feira tem balada religiosa com esses jovens a partir das 22h na rua Monsenhor de Andrade, 746, Brás.

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